Angelines Fernandez Abad
Angelines
Fernandez nasceu em Madrid - Espanha em 09/07/1922, no
começo de seus 20 anos começou a trabalhar nas guerrilhas
da Espanha, até que foi catalogada como
antifranscisquista, então necessitou sair de seu país
natal, considerando que sua vida era difícil, chegou ao
México em
1947, mas
nunca foi uma refugiada. Foi chamada por seu paisano
Angel Garasa para estrelar teleteatros. Logo obteve um
contrato com a CMQ de Habana ao lado
de Mario Martínez Casados, regressando ao
México em 1950 para atuar no
"Teatro
Arbéu" com a obra "Un corazón con freno y marcha
atrás". Fez Rádios-novelas na emissora
XEW e ao
mesmo tempo estreou no cinema. Foi pioneira do cinema
mexicano atuando em filmes de Cantinflas e Arturo de Córdoba. Fez
vários filmes, novelas e se consagrou como uma famosa
atriz, entre a década de 50 e 60 foi considerada umas das
mulheres mais bonitas do México, sendo capas de
revistas e jornais da época. Angelines já conhecia
Ramón
Valdés da área de filmes, inclusive
atuaram juntos em filmes e se tornaram grades amigos. Até
que em uma ocasião encontrou com Ramón Valdés na
ANDA, e disse
para ele perguntar a Chespirito se
não tinha algo para ela, daí então Ramón Valdés começou a
falar muito bem dela. Logo foram criados os personagens
da vila e Chespirito foi dando forma à “Bruxa
do 71” pois o personagem
do Seu Madruga lhe faltava
uma “contraparte”, já que Dona Florinda o esbofeteava, e
lhe caía mal. Mas Dona
Clotilde o amava e fazia os seus quitutes.
Angelines se tornou grande amiga de Maria
Antonieta, as duas se gostavam muito,
almoçavam e conversavam juntas, e com Ramón Valdés a
amizade se intensificou mais ainda, a quem diga que os
dois tiveram uma “amizade colorida”. Angelines sempre
fumou muito a ponto de ser flagrada fumando em uma cena
de Chaves, a
qual se nota por trás da janela da casa de sua
personagem, Angelines acendendo um isqueiro. Mesmo
sofrendo de pressão arterial, colocava o trabalho a
frente da saúde.
Angelines era uma
pessoa de caráter forte. Para ela não havia meias cores,
ou era branco ou era preto, não podia ser cinza.Era uma
mulher de valores altos e às vezes, as pessoas não se
davam bem com isso e diziam que tinha um gênio
difícil.
Nas horas
que não estava trabalhando Angelines dedicava seu tempo à
família e principalmente os netos. Também vivia assistindo
televisão. Dormia assistindo televisão e se levantava vendo
televisão. Angelines foi uma mulher realizada como mãe e
atriz, foi uma mulher feliz, ás vezes se sentia triste, pois
toda sua família estava na Espanha.
Dona
Clotilde foi seu personagem chave, se consagrou com ele além
de vencer um desafio com ela mesma, encarar um personagem
cômico sendo uma atriz de arte
dramática.
Por
conseqüência do personagem, na vida real era vista como
bruxa de verdade por parte das crianças. Quando saía com sua
filha ao supermercado ou para passear com o cachorro, as
crianças gritavam: “Aí vem
a Bruxa!”. Isso deixava Angelines muito triste,
pois as crianças não chegavam perto dela porque tinham medo.
Depois acabou se acostumando e não lhe incomodava que a
chamassem de “Bruxa”.
Angelines
trabalhou com Chespirito até 1994, e até esta
data continuou fazendo alguns filmes. Angelines ganhou
muitas medalhas da ANDA por sua trajetória
artística.
Angelines
Fernandez morreu em 25 de março de 1994,aos 71 anos,vítima do fumo
em excesso.Foi enterrada em “Mausoleos Del Ángel” e até
hoje várias pessoas a visitam e levam
flores.
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