Horacio Gómez Bolaños
(28/07/1930
- +21/11/1999)
Um grande
amante da Colônia do Vale, sua terra natal, Horacio Gómez
Bolaños era um homem "muito esperto e bom para os negócios",
segundo seus amigos. Mas seu talento foi, de certa forma,
ofuscado pelo enorme gênio de seu irmão
Roberto
Bolaños.
No início de sua infância viveu com seus pais e
irmãos em uma casa localizada na rua Mier y Pesado entre Xola e
Morena. Muito pouco tempo depois, Francisco Gómez Liñares - seu
pai - viria a falecer, deixando Elsa Bolaños Cacho e filhos.
Apesar disso, a viúva enfrentou a situação valentemente e
começou a trabalhar, numa tarefa muito pouco comum para uma
mulher: construtora, engenheira e mestre de
obras.
Na época, a
família morava em frente ao Colégio Brígida Alfaro, onde os
dois grandes gênios, Roberto e Horacio estudavam juntos (já que
o primeiro havia repetido um ano escolar algum tempo
antes).
A família
Gómez Bolaños se mudou posteriormente para a rua Juan Sánchez
Azcona, na fronteira da Colônia do Vale com a Colônia Narvarte
e depois passariam a viver na Adolfo Prieto, perto de San
Borja.
Em 18 de
setembro de 1945 se reunira com um grupo de rapazes, no Parque
Mariscal Sucre. Estavam acomodados no parque sem fazer nada,
quando alguém teve a idéia de fundar um clube e dar-lhe um
nome. A idéia fora aceita por todos e logo fizeram uma eleição
para decidir o nome do grupo. Após várias discussões, o nome
escolhido foi "Aracuán", sugerido por Horacio. Eram cinco os
rapazes que estavam reunidos neste dia: Aarón Mercado, Roberto
"Guácara", Chespirito, Horacio Gómez e Antonio
Gabilondo. Estes foram os primeiros sócios do clube, que pouco
tempo depois teria muito mais associados.
O Clube
Aracuán foi sem dúvida a mais importante das associações que já
existiram na Colônia do Vale e seu nome ficará marcado para
sempre na história da Colônia. Foram os "Aracuanes" que
organizaram os Primeiros Jogos Esportivos da Colônia do Vale,
em 1950, que tiveram, entre outros, o mérito de substituir as
brigas entre as associações por jogos e
esportes.
Quando se
casou, Horacio voltou à sua amada Colônia do Vale para viver
com sua esposa na rua Manuel López Cotilla. Morou lá até que
sua querida Colônia foi mutilada e dividida pelos Ejes Viales e
escapou para os Jardins de San Mateo.
Horacio
sempre foi um bom irmão para Roberto, pois sendo um homem muito
organizado, serviu como apoio e se tornou uma espécie de
"administrador".
Sua
carreira artística iniciou por acaso, pois na realidade nunca
quis ser ator. Quando conquistou a fama, era produtor executivo
do programa Chespirito (1970). Começou fazendo pequenos papéis
em alguns quadros dos programas do irmão, mas depois se soltou
mais e passou a atuar em papéis mais importantes nos programas
e filmes de Chespirito. Participou dos filmes El Chanfle 2
(1980) e Charrito (1985), ambos dirigidos e protagonizados por
seu irmão. Em Chaves, interpretava Godinez, o garoto retraído,
simples e comum que não entendia nada das aulas e
em
Chapolin fazia alguns
personagens secundários. Nos filmes e seriados, começou a
aparecer mais depois de 1979, depois da separação
de Carlos
Villagrán e
Ramón
Valdés do resto do
grupo.
No final do
ano de 1999, aos 69 anos de idade, Horacio tinha que se apoiar
em uma bengala, devido a uma fratura que havia sofrido no
fêmur. Junto com seu sobrinho Roberto Gómez Fernández, estava
animado na preparação da homenagem que se faria a seu irmão em
1º de abril de 2000. Infelizmente não pôde participar da grande
festa, pois faleceria em 21 de novembro de 1999, vítima de um
infarto no coração.
"Vai ser
estranho", comenta
Carlos Ruiz Sánchez Pontón, um grande amigo seu desde o
colégio. "Agora que ele
não está mais, pode inclusive ser ameaçada a continuidade das
reuniões dos Aracuanes".
Suas cinzas
repousam na igreja Chestojobak, Lomas de
Chapultepec.
|